Num destes fins-de-semana que passou, farto de estar no meu lar a definhar em frente ao televisor, resolvi ir até uma praiazeca qualquer apanhar um solzinho para ganhar cor.
Enfiei-me no meu charuto (entenda-se isto por, veiculo automóvel extremamente usado e batido) e resolvi ir na direcção da famosa “Copacabana” portuguesa, vulgarmente conhecida como Carcavelos.
Após um furo, uma fila de 2 horas causada por um atropelamento de um gato e uma multa por excesso de velocidade (raios partam o gato), finalmente consegui chegar ao meu destino.
Como já passava um pouco da hora de almoço, resolvi ir a um dos cerca de 12 bares de praia que povoam aquela zona costeira, com o intuito de ir petiscar qualquer coisita para preencher o cada vez maior vazio do meu estômago.
Entro no estabelecimento escolhido por mim e para meu extremo espanto descubro que é um bar explorado por chineses, logo eu que detesto comida chinesa.
Olho para ver se alguém me viu entrar, como não vejo ninguém tento raspar-me de fininho assim como não quer a coisa e dirigir-me a outro local.
Quando chego à saída e estou prestes a conseguir atingir o meu objectivo, dou de caras com uma senhora oriental que me diz o seguinte:
- Desculpa senhol, eu tele de il buscal pão, vou atende-lo já seguil, obligado.
“Porra, agora é que vou ter de comer aqui, bem pelo menos tenho a certeza de que não serei importunado por uma matilha de cães vadios”- pensei para com os meus botões.
Dirijo-me ao balcão, tal como um condenado se dirige para a forca, e olho para a vitrina fazendo de conta que não vi as 50 ementas ordenadas em cima do mesmo.
Então fez-se luz e os meus olhos começaram a reluzir perante a imagem de umas empadas que estavam escondidas na vitrina, e de imediato questionei a senhora de que eram feitas as mesmas.
Como chinesa que se preze, só entendeu aquilo que lhe dizia depois de ter repetido a mesma questão por umas três vezes, mas quando entendeu respondeu no seu melhor “chinoguês”:
- Sel de flango, senhol, obligado.
Com o meu estômago a ameaçar implodir, aliado ao meu gosto por tartes de frango, resolvi armar-me em alarve e pedir logo umas quatro acompanhadas da mini da ordem.
Mal sabia eu no que me tinha acabado de meter, pois quando com um ar absolutamente regalado, acabava de engolir o ultimo pedaço da quarta tarte, surge, de repente e vindo do nada um bando de pombos esfaimados por algumas migalhas que prontamente invadiu a esplanada.
Ao se aperceber de tão súbita invasão, a “puta” da chinesa sai detrás do balcão agitando uma vassoura violentamente enquanto dizia:
3 comentários:
Pois!! Acho que compraste gato por lebre... Ou pombo por frango...
LOOOOOOOOOOOL
Parece anedota.. ahah
Axo que eles também chamam porcos aos cães!
Em primeiro lugar um agradecimento aos comentários.
O Claudio quase que tem razão, isto não parece uma anedota.
Na realidade é um texto que construí baseado numa anedota.
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